O dom de línguas, para os adventistas, é a capacidade de falar idiomas humanos para evangelizar, visando a compreensão e edificação da igreja.
O dom de línguas, para os adventistas, é a capacidade de falar idiomas humanos para evangelizar, visando a compreensão e edificação da igreja.
O dom de línguas é um tema amplamente discutido entre cristãos de diferentes denominações. Para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, esse dom é reconhecido como uma manifestação genuína do Espírito Santo, mas com uma interpretação distinta de outras igrejas cristãs, especialmente as pentecostais.
Na Bíblia, o dom de línguas é mencionado pela primeira vez no Dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Nesse evento, os discípulos de Jesus foram capacitados pelo Espírito Santo a falar em línguas que nunca haviam aprendido, permitindo que pessoas de diversas nações entendessem a mensagem do Evangelho em sua própria língua.
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava.” (Atos 2:4).
Para os adventistas, o dom de línguas é um dom espiritual legítimo, dado por Deus para o propósito específico de evangelismo. Acredita-se que, como ocorreu em Atos 2, o dom é a habilidade de falar em idiomas humanos que o indivíduo não conhecia antes, para que pessoas de diferentes culturas possam ouvir e entender a mensagem do Evangelho.
Ao contrário da interpretação de algumas denominações pentecostais, que consideram o dom de línguas como a fala em uma linguagem espiritual ou celestial que não é compreensível pelos seres humanos, a Igreja Adventista entende que o dom tem um propósito prático e missionário.
Os adventistas creem que o propósito do dom de línguas é a comunicação clara da mensagem de Deus. A igreja enfatiza que, no contexto bíblico, o dom foi utilizado para alcançar pessoas de diferentes nações, promovendo a unidade na compreensão do Evangelho.
“Ora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitarei, se não vos falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina?” (1 Coríntios 14:6).
Atualmente, a Igreja Adventista do Sétimo Dia não encoraja a prática de falar em línguas como é comum em alguns círculos pentecostais, onde é interpretado como um sinal de presença do Espírito Santo. Em vez disso, os adventistas enfatizam que os dons espirituais são dados para edificação da igreja e não para exaltação pessoal.
“Portanto, se alguém falar em língua estranha, que não seja em público, a menos que haja quem interprete, para que a igreja seja edificada.” (1 Coríntios 14:27-28).
A igreja defende que, se o dom de línguas for manifestado, ele deve ser inteligível e trazer benefícios claros àqueles que ouvem, seguindo o princípio bíblico de que Deus é um Deus de ordem, e não de confusão (1 Coríntios 14:33).
Para os adventistas, o verdadeiro propósito dos dons espirituais é a evangelização e o avanço da missão de Cristo no mundo. Assim, o dom de línguas, quando devidamente compreendido e utilizado, serve para alcançar pessoas que ainda não ouviram o Evangelho em sua própria língua, cumprindo a Grande Comissão dada por Jesus.
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” (Mateus 28:19).
Conclusão
A visão adventista sobre o dom de línguas é baseada na compreensão de que esse dom é um meio de comunicação eficaz e inteligível, destinado a espalhar a mensagem do Evangelho a todas as nações. Para os adventistas, o dom de línguas não é um sinal obrigatório da presença do Espírito Santo, mas sim uma ferramenta dada por Deus para o cumprimento de Sua missão na Terra.
Os adventistas encorajam o uso de todos os dons espirituais para o serviço ao próximo e a edificação da igreja, mantendo o foco em Cristo como o centro de sua fé e missão.